Bem Vindos

Vós que aqui navegais, abandonai toda ignorância.
Depois de muito debater, e hoje por não ter tempo suficiente para debater, é que aqui estou, começando este blog para externar, compartilhar e registrar meus pensamentos, minhas percepções e opiniões sobre o que me der na telha - e pro caso de não conseguir achar alguém pra escutar.
Seriados, filmes e Hqs serão o mix dos meus posts, mas ao longo do caminho é possível que a coisa tome outro rumo (ou não!).
Seja bem vindo, e NÃO bata a porta ao sair - mas se quiser fazer algum comentário, fique a vontade.

See Ya!

PS:Todas as obras citadas,figuras postadas e personagens mencionados,são de propriedade de seus criadores,não querendo eu lucrar de forma alguma sobre elas.

terça-feira, 29 de junho de 2010

"Tropa de Elite 2" está a caminho !!


Hoje saiu o primeiro trailer de "Tropa de Elite 2", continuação do fenômeno nacional que mostrou o outro lado da polícia ao expor a corrupção do departamento e o confronto direto entre a equipe do Bope e os traficantes. Embora seja diferente do anterior (que é baseado no livro "Elite da Tropa", de Luiz Eduardo Soares, André Baptista e Rodrigo Pimentel), a produção traz diretor e elenco original numa continuação inédita, desenvolvida diretamente para as telas, onde o anti-herói do filme, o Capitão Nascimento, entrou para Secretaria de Segurança Pública e deu um upgrade no Bope, mas não sem fazer mais inimigos no meio do caminho...
Apesar de minha expectativa ser alta, muitas pessoas acham que o filme não será tão bom quanto o primeiro, uma pelo impacto que teve na época de seu lançamento e todo o esquema de pirataria que envolveu o mesmo, despertando a curiosidade de muitos e que levou milhões ao cinema, e outra por ser totalmente caça níquel; mas não sejamos hipócritas: quantos nunca foram ao cinema assistir sequências americanas mesmo sabendo que seriam um lixo (o que não considero aqui, pois a produção de "Tropa..." é de primeiro nível)? Independente do gênero, muitos foram os filmes que foram produzidos porque se sabia que as pessoas assistiriam de qualquer forma - ou será que as continuações de Matrix já existiam quando o primeiro arrebentou em 99?
Não espero que seja o mesmo filme, ou que vá ser indicado a algum prêmio, mas que mantenha a mesma qualidade e me divirta tanto quanto o primeiro.
Abaixo, link para o trailer e em seguida, segue o que escrevi na época do lançamento nos cinemas.


http://www.youtube.com/watch?v=daA0yKI7NC8


See Ya

Tropa de Elite

Post publicado em Outubro de 2007 no site Cena de Cinema.

A versão da Polícia! - Para quem gosta de filmes policiais e ficou longe dos meios de comunicação nos últimos tempos, estréia o grande filme do ano: Tropa de Elite, de José Padilha. Tirando todo o marketing ''involuntário'' e a polêmica ao redor da história, o filme tem um grande mérito que é pouco explorado nas fracas produções nacionais do gênero: o equilíbrio entre as partes envolvidas numa história tão complicada quanto o tráfico.

De um lado,vemos os policiais, com salários vergonhosos pela função que desempenham, que os leva à corrupção. De outro, os integrantes da classe média e alta que consomem, comercializam e alimentam o tráfico. Por fim, os habitantes da zona da periferia e a população pobre que produz e distribui as drogas.

Dentro dessas realidades que se chocam e se misturam, temos o enredo individual das personagens e seus objetivos, que, como mencionei, está distribuído na tela de forma magistral por Padilha, ao mostrar a ponte entre as ações da polícia e as repercussões que acabam tendo dentro e fora do esquadrão.

O Capitão Nascimento (Wagner Moura,fantástico!!), que quer constituir família e abandonar o mundo de violência em que vive, demosntrando caráter humano apesar de destemido e enérgico em suas ações; os ''aspiras'' Neto (Caio Junqueira) e Matias(André Ramiro), amigos de infância que enxergam e agem de forma diferente, mas sem a verdadeira noção de como funciona a realidade da polícia. Para Neto, o importante é acabar com os bandidos; já Matias quer exercer a lei - tanto que frequenta a faculdade de direito -, e Nascimento só quer cumprir seu dever e achar seu substituto.

É a produção que melhor representa a violência do Rio de Janeiro, diferente (senão melhor) de outro grande filme a que será inevitavelmente comparado: Cidade de Deus. Principalmente devido às sequências de tortura e corrupção que salienta, mas de maneira realmente necessária. Aqui, nada é gravado de graça, todos os takes são válidos para que nada se perca na narração do Capitão, que cercado pela corrupção, consegue se manter íntegro em prol da manutenção da ''paz'' entre seu esquadrão especial e os traficantes do morro.

Se o filme de Fernando Meirelles conta a história do povo da favela, ''Tropa'' tenta mostrar o outro lado, mas não na forma de propaganda, e sim ao caráter da polícia e seus integrantes. É relatado desde o soldado insatisfeito que ou é engolido pelo sistema e não sai do lugar, até aquele que manipula o sistema em benefício próprio pra tentar chegar a um lugar melhor. A violência não fica por conta apenas do ataque da polícia nas batidas da favela, mas também as próprias técnicas de treinamento para fazer parte do Bope - esquadrão especializado a que nossos protagonistas pertencem. Essa pode ser por muitos considerada a sequência mais engraçada do filme, que acaba por filtrar os futuros integrantes do grupo. A trilha, a fotografia e a veracidade das batidas reproduzem o que estamos acostumados a ver nos noticiários da televisão, assim como o caminho que a droga toma para chegar às ruas, que atualmente já fazem parte do dia-a-dia - de forma mais explícita do que gostamos de admitir. Se a juventude abastada não consumisse drogas, não existiria o tráfico; se a polícia recebesse um salário condizente com o risco que sua profissão exige, não seriam corruptos. E assim por diante. Este é o raciocínio lógico do filme. De certa forma,aqueles que foram vítimas de assaltos ou perderam filhos ou amigos para o tráfico, com certeza se sentirão ''vingados'', ao ver na tela expressa a sua raiva e ''justiça'' sendo expressa. Mas ao mesmo tempo, para aqueles que defendem os direitos humanos, o filme pode ser que tenha suas imagens classificadas como ''exageradas'' ou ''desumanas''. O importante é lembrar que é apenas um filme, porém, baseado em uma realidade bem comun ao nosso país, e não inventada pelos distantes roteiristas de Hollywood. Faca na Caveira!!!!

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Homem de Ferro 2



Falar de adaptações de personagens de quadrinhos sempre gera controvérsias. Além do rico material de onde surgem os roteiros não caber em duas horas de exibição, os heróis tem de ser apresentados de forma convincente (para garantir bilheteria e futuras continuações), os efeitos bem elaborados para representar o universo fantástico onde se passa a ação e, acima de tudo, tão bom quanto o original.
Desde o lançamento de “X-Men” (2000), as produções tem mantido basicamente o mesmo grau de qualidade (ok,ok, esqueçam “Elektra”, “Mulher-Gato”, “Demolidor” e “Superman – O Retorno”), mas foi com a estréia de “Batman Begins” e “O Cavaleiro das Trevas” que o nível de exigência deste gênero subiu, tanto pela qualidade do roteiro quanto pela atuação do elenco.A partir dali, ficaria difícil assistir de forma imparcial aos novos lançamentos e apreciar de modo genuíno tais filmes.
Foi quando no meio destas duas obras surge “Homem de Ferro”, muito inteligente e bem humorado, com atores de calibre menor, mas nem por isso inferior aos apresentados no filme do Batman.
Capitaneado por Jon Favreau, sua arrecadação milionária garantiu seqüências e a liberação das demais produções que a Marvel – editora e agora também estúdio – tanto esperava para entrar de vez no mercado cinematográfico, além de ressuscitar a carreira de Robert Downey Jr, perfeito para o papel. 
Apesar de achar que o começo é mais difícil quando temos de criar uma franquia, o que fazer quando o filme é um sucesso? O que vem depois? Como fazer o raio cair novamente no mesmo lugar?  O tabu de que “em time que está ganhando não se mexe” caiu por terra no quesito troca de atores. Não se tratando dos protagonistas, realizar qualquer alteração nas demais personagens não influencia a produção tanto quanto se pensa, como no caso da saída de Katie Holmes (substituída por Maggie Gyllenhaal) e Terence Howard (Don Cheadle) que, ao invés de perda, teve-se um ganho, que ocasionou um maior desenvolvimento das personagens, sendo desnecessárias explicações sobre mudança ao público (até porque seus substitutos agregaram mais aos personagens que os anteriores).
Além de criar mais cenas de ação, o roteiro precisa de um reforço, uma novidade, geralmente um novo vilão e uma nova figura feminina e, claro, se aprofundar na personalidade do herói da série.
A comparação entre esses dois títulos não foi ao acaso. Coincidência ou não, ambos são ricos, inteligentes e possuem problemas mal resolvidos com seus pais, mas suas diferenças vão além dos motivos que os incentivaram o combate ao crime: Batman sofre de problemas psicológicos bastante evidentes e bem explorados nos filmes, enquanto que o “vingador escarlate” é um pouco mais superficial, beirando ao fútil – ou demonstra ser...-  evoluindo de um filme para o outro.
Entenda que o conceito que foi desenvolvido no gibi permanece intacto, mas para que o roteiro funcione na tela grande, foram necessárias algumas alterações que não deixaram a desejar a essência das várias histórias publicadas ao longo dos anos.
Neste segundo filme, o problema de saúde de Stark - derivado de um corpo estranho alojado no peito - o deixa cada dia mais próximo da morte, fazendo com que sejam lançadas pistas de que ele está com problemas;  suas atitudes o entregam quando expressa desapego as coisas materiais, sua angústia pelo desperdício que foi sua vida até então e ao mesmo tempo como fugir de toda responsabilidade, toda a consciência recentemente descoberta. É um paralelo perfeito para o famoso arco “Demônio da Garrafa”, que de forma diferente, mostra a grandeza do herói e a superação sobre o vício do álcool desenvolvido pela perda de tudo em sua vida.
O que me preocupa é que no futuro “Homem de Ferro” seja taxado de prelúdio para o filme “Os Vingadores”, pois apesar de auto-suficiente, toda a trama está girando em torno da SHIELD criar/controlar um grupo de super-humanos; enquanto que no cinema isso é novidade (estabelecer um universo compartilhado, em que os heróis são contemporâneos), essa fórmula deu certo na linha Millenium da editora (reformulação dos personagens para gerações mais novas sem o excesso de bagagem existente devido a anos de cronologia), mas será que o sucesso se repetirá em outra mídia para outro tipo de público? Só o futuro dirá.

Para ler e assistir:
- Batman: Ano Um
- Homem de Ferro: Demônio na Garrafa
Ambos lançados pela Editora Panini.
- Batman Begins e O Cavaleiro das Trevas
- Homem de Ferro e Homem de Ferro 2


See Ya


quarta-feira, 9 de junho de 2010

Esquadrão Classe A

"Há dez anos, uma equipe de comandos especiais foi mandada para a prisão por um tribunal militar por crime que não haviam cometido. Esses homens escaparam da prisão militar de segurança máxima passando a viver secretamente em Los Angeles. Ainda hoje são procurados pelo governo e sobrevivem como aventureiros, Soldados da Fortuna. Se você tem algum problema, se ninguém mais puder ajudá-lo e se conseguir encontrá-los, talvez consiga contratar o ESQUADRÃO CLASSE A”


Quem viveu os anos 80 sente saudade dos seriados que passavam naquela época. Mesmo com sua produção tosca, as aventuras dos personagens e vinhetas de abertura como esta prendiam a atenção do telespectador. "Supermáquina", "Contrato de Risco" e "Profissão:Perigo" são os que mais vem a mente,mas nenhum se compara a estréia dessa semana, "O Esquadrão Classe A".
Todos queria ter o carro Kit, da Glasslite, mas o furgão preto do B.A> também não ficava muito atrás.
A trama girava em torno de soldados da guerra do Vietnã que foram injustiçados e se tornaram fugitivos; a cada semana, acompanhávamos sua luta pela sobrevivência ajudando desconhecidos em prol de grana e, casualmente, agindo clandestinamente para ajustar situações delicadas em que a justiça muitas vezes não atuava. O roteiro aparentemente é bobo para os padrões atuais, mas o carisma dos quatro personagens e os diálogos faziam toda diferença.Nada mais justo que produzir um filme a altura.
Dirigido por Joe Carnahan ("Narc"), o roteiro apresenta a "origem" do esquadrão, mostrando como eles se encontraram e o que os levou a prisão. Falar mais, seria entregar o doce do filme (que tem ainda cenas após os créditos, além da música original!!).
Segue a relação de atores e seus repectivos papéis - o atual e o original:
 Liam Neeson/George Peppard - John "Hannibal" Smith.
Liam é o eterno mentor, como costuma ser em 9 dos 10 filmes em que atua ("Batman Begins","Cruzada", "Star Wars"...), o gênio por trás de cada plano de sua equipe, ficando devendo somente nos disfarces que Peppard era especialista nos episódios;
Bradley Cooper/Dirk Benedict - Cara-de-Pau.
Bradley trilhou o mesmo caminho que seu antecessor, pois surgiu no seriado "Alias", mas diferente do eterno Starbuck de "Battlestar Galctica", conseguiu engatar sua carreira no cinema. O tenente Peck é sempre caracterizado como o galanteador da equipe, algo que Cooper parece não se incomodar em reprisar em seus papéis;
Quinton "Rampage" Jackson/ Mr. T - B.A. Baracus.
Este lutador americano substitui o fanfarrão Mr. T no papel que marcou uma geração com jargões do tipo "...tenho pena do trouxa que tentar isso comigo"("pity the fool", no original os anéis usados pelo personagens e aqui tatuados nas mãos do sargento), ou ainda como o cara que enfrentou Stallone em "Rocky 3".
Sharlto Copley/Dwight Schultz - Cap. "Cachorro Louco" Murdock.
Grande achado do filme "Distrito 9"; é o mais parecido com o ator original, tanto na atuação quanto no biotipo, além de ser responsável, claro, pelos momentos mais engraçados do filme - geralmente envolvendo fugas de sanatórios ou sacanear o B.A. para colocá-lo em um avião. 
Jessica Biel e Patrick Wilson são dispensáveis, cumprem seus papéis sem prejudicar a trama.
Meu único revés é em relação aos efeitos especiais: as sequências noturnas sempre me dão a impressão de serem gravadas desta forma para disfarçar erros e maquiar absurdos, mas não chega a ferir a integridade da história.
Diferente de fiascos como "As Panteras", "Starsky & Hutch" e "Os Gatões", este é um ótimo filme de ação, em que deve-se levar em conta as licenças e absurdos - que já comentei em meu post "Texto Nº2" - para manter-se fiel a mitologia do seriado: ação, aventura e comédia na medida certa.
Vale as duas horas do ingresso.

"Eu adoro quando um plano dá certo!" é o que diria o Gen. Hannibal, então vamos torcer para que este filme também dê certo o suficiente para uma continuação.

See Ya

terça-feira, 1 de junho de 2010

Príncipes & Piratas

Nunca fui muito fã de video games ou jogos para computador, e conheço poucos, mas não descarto seu valor e sua aplicação cultural e educacional. Como uma criança dos anos 80, lembro que enquanto me maravilhava com lançamentos no cinema e das novas publicações da Ed. Abril, meus colegas ficavam deslumbrados com a evolução dos arcades. Sei que deste meio, surgiu o tal Príncipe da Pérsia.
Menor idéia se é Nintendo, Master ou qual Cia o lançou, só sei que o enredo foi bom o suficiente para desenvolver um roteiro e o vender aos estúdios - algo que desta vez, deu certo.
Como assim "desta vez" ? Fora a franquia Resident Evil (dos filmes, não o jogo!), tiveram fraco lançamento, roteiro e produção Street Fighter (aquele do Van Damme...), Mortal Combat (com Christopher Lambert, que ainda derivou um seriado), Super Mario (Com Bob Hoskins e John Leguizamo), Terror em Silent Hill e Double Dragon (acho que o pior de todos...).
Talvez a diferença deste, seja o fato de ser uma aventura e ter a mão de Jerry Bruckheimer na produção, alguém com grana, inteligência e o talento de midas. Convenhamos: um cara que apóia a idéia de desenvolver um roteiro baseado num parque de diversões e fatura milhões, tem de se tirar o chapéu!
Não só isso, resgatou um gênero de filmes de aventura há muito esquecido e que são considerados clássicos do cinema antigo: as tramas simples de mocinho x bandido, a dama em apuros e o vilão caricato, base de todo roteiro batido de capa e espada, como a trilogia de Piratas do Caribe e deste
As Areias do Tempo (basta olhar para o rosto de seus personagens que é fácil identificar quem é quem!).
Jake Gyllenhaal convence como o príncipe Dastan, e se sai tão bem quanto Tobey Maguire nas cenas de ação e luta - e cá pra nós, acho que possuem o mesmo biotipo, só que Jake é mais bombado; Gemma Arterton novamente em cartaz (Fúria de Titãs alguém?!) como a princesa capturada e o eterno Gandhi, Ben Kingsley, como o tio Nizam; Alfred Molina é o alívio cômico do filme, um ladrão do deserto que foge da tirania dos impostos.
Não é um filme espetacular, mas diverte e não deixa nada a desejar aos clássicos "Ali Babá e os 40 Ladrões" ou "O Ladrão de Bagdá", com um roteiro bem estruturado, elenco entrosado e efeitos especiais sob medida para agradar até os mais exigentes.
Se o período em que a trama se passa não estiver de acordo com os fatos históricos, ou a política comercial não fechar com o que sabemos, relaxe e desfrute do filme, pois esses detalhes não farão diferença no desenvolvimento da históra. Apesar de se passar a maioria do tempo durante o dia, se deixe levar ao universo das mil e uma noites e aproveite a aventura.

Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo

See Ya

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Marmaduke (ou "Mala"duke?!)

Hoje pela manhã assisti a versão cinematográfica do desenho Marmaduke, uma espécie de Scooby-Doo - sem o Salsicha - só que não tão conhecido. Ele é um cão dinamarquês atrapalhado, que pertence a uma família que está saindo do Kansas para Califórnia, onde vai se meter em mas confusão.
Adaptado primeiro das tiras de jornal para um desenho na tv, onde se tornou popular ao dividir a cena com o gato Heathcliff (uma espécie de Garfield, que aqui ganhou o nome de Lorde Gato), ambos exibidos pela rede Manchete, agora sai em celulóide, o que poderia muito bem nunca ter sido feito.
O filme é sofrível, tornando Benji muito mais atraente àqueles que quiserem ver filmes de animais.
Vendo essa péssima produção, lembro de que existem outros tão ruins quanto, que acabam com a reputação dos demais e das obras originais de onde saíram: Garfield, Vira-Lata e os 101 Dálmatas.
A salvar a dublagem de Bil Murray, não penso em mais nada de positivo nos dois Garfields, e os demais gostaria que nunca tivessem sido feitos.
Filmes que envolvem bichos são muito simpáticos e direcionados a um público "específico", mas nem por isso quer dizer que deve-se aproveitar qualquer roteiro. Clássicos como Lassie ou Beethoven englobam o tipo de sentimento que os filmes desse gênero tem que transmitir, e mesmo sendo clichés, agradam mais do que mega produções ou o iso de efeitos especiais - recurso este que foi muito mal aproveitado na sequência da dança dos cães, ficando pior do que qualquer malabarismo já realizado pela collie ou pelo são bernardo dos filmes acima.
Pra piorar a tortura, assisti ao mesmo dublado, não restando nem o prazer de ouvir o sotaque anasalado de Owen Wilson, que faz a voz do cachorro título. A trucagem na adaptação para nossa língua fica pela "irmandade" entre o cachorro e o gato Carlos, que no original é dublado por George Lopez e faz referência as desavenças dos dois, mas que aqui ficou com um sotaque "hermano", para justficar sua rixa - devia ter alguma piada entre americano e mexicano...
Enfim, se soubesse, teria ficado em casa; agora é com vocês.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Dentro ainda deste contexto nostálgico

Lembro das sessões da meia-noite, em que fui assistir ao filme "A Mosca" com minha mãe, ou Stallone "Cobra", e vinhamos a pé pela Andradas, pois apesar da pouca iluminação, era seguro andar pela cidade a noite.
No final de semana de lançamento de "A Hora do Pesadelo", meu pai era a pessoa responsável a entrar comigo no Cacique devido a censura de 16 anos, e também no cine São João - na Salgado Filho - para poder assistir a "Tango & Cash:Os Vingadores". Num domingo de muita chuva a tarde, estávamos eu e minha prima na fila em plena Andradas para assistir a "Indiana Jones e a Última Cruzada".
São muitas lembranças e muitos clássicos que passaram por essas salas, e é uma pena que não exista um projeto que venha a revitalizar esses locais, mas guardo com carinho cada um destes momentos.
Essa é uma das sensações que vivencio a cada sexta, naqueles milisegundos que minha mente dispara as imagens da minha vida. Não acredito que ainda tenham pessoas assim, ou que as frias salas dos shoppings transmitam essa sensação. Se um dia forem a Buenos Aires ou São Paulo, façam essa experiência, pois vale a pena.

See Ya