Nunca fui muito fã de video games ou jogos para computador, e conheço poucos, mas não descarto seu valor e sua aplicação cultural e educacional. Como uma criança dos anos 80, lembro que enquanto me maravilhava com lançamentos no cinema e das novas publicações da Ed. Abril, meus colegas ficavam deslumbrados com a evolução dos arcades. Sei que deste meio, surgiu o tal Príncipe da Pérsia.
Menor idéia se é Nintendo, Master ou qual Cia o lançou, só sei que o enredo foi bom o suficiente para desenvolver um roteiro e o vender aos estúdios - algo que desta vez, deu certo.
Como assim "desta vez" ? Fora a franquia Resident Evil (dos filmes, não o jogo!), tiveram fraco lançamento, roteiro e produção Street Fighter (aquele do Van Damme...), Mortal Combat (com Christopher Lambert, que ainda derivou um seriado), Super Mario (Com Bob Hoskins e John Leguizamo), Terror em Silent Hill e Double Dragon (acho que o pior de todos...).
Talvez a diferença deste, seja o fato de ser uma aventura e ter a mão de Jerry Bruckheimer na produção, alguém com grana, inteligência e o talento de midas. Convenhamos: um cara que apóia a idéia de desenvolver um roteiro baseado num parque de diversões e fatura milhões, tem de se tirar o chapéu!
Não só isso, resgatou um gênero de filmes de aventura há muito esquecido e que são considerados clássicos do cinema antigo: as tramas simples de mocinho x bandido, a dama em apuros e o vilão caricato, base de todo roteiro batido de capa e espada, como a trilogia de Piratas do Caribe e deste
As Areias do Tempo (basta olhar para o rosto de seus personagens que é fácil identificar quem é quem!).
Jake Gyllenhaal convence como o príncipe Dastan, e se sai tão bem quanto Tobey Maguire nas cenas de ação e luta - e cá pra nós, acho que possuem o mesmo biotipo, só que Jake é mais bombado; Gemma Arterton novamente em cartaz (Fúria de Titãs alguém?!) como a princesa capturada e o eterno Gandhi, Ben Kingsley, como o tio Nizam; Alfred Molina é o alívio cômico do filme, um ladrão do deserto que foge da tirania dos impostos.
Não é um filme espetacular, mas diverte e não deixa nada a desejar aos clássicos "Ali Babá e os 40 Ladrões" ou "O Ladrão de Bagdá", com um roteiro bem estruturado, elenco entrosado e efeitos especiais sob medida para agradar até os mais exigentes.
Se o período em que a trama se passa não estiver de acordo com os fatos históricos, ou a política comercial não fechar com o que sabemos, relaxe e desfrute do filme, pois esses detalhes não farão diferença no desenvolvimento da históra. Apesar de se passar a maioria do tempo durante o dia, se deixe levar ao universo das mil e uma noites e aproveite a aventura.
Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo
See Ya
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Ae Patrick! To loco pra ver o PoP (apesar de ter achado nada a ver a escolha do ator para o príncipe.
ResponderExcluirSeguinte, se te interessar, os caras postaram toda a história do PoP desde o primeiro, da década de 80 aqui nesse link http://www.gamesfever.com.br/?p=2220 Se tu curtiu o filme, vale dar uma conferida. Só pra ressaltar, já que tu gosta de 24h, o primeiro PoP (dos 80's) acho que foi o primeiro jogo com a contagem do tempo em tempo real (o principe tem 1 hora pra chegar no quarto da princesa, saindo do calabouço, e o tempo no jogo é real). Abração!
Bah, parabéns pelo blog, mas na parte do "não deixa nada a desejar aos clássicos Ali Babá e os 40 Ladrões ou O Ladrão de Bagdá" tu pegou pesado demais. hehehehehehehehe
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