
Falar de adaptações de personagens de quadrinhos sempre gera controvérsias. Além do rico material de onde surgem os roteiros não caber em duas horas de exibição, os heróis tem de ser apresentados de forma convincente (para garantir bilheteria e futuras continuações), os efeitos bem elaborados para representar o universo fantástico onde se passa a ação e, acima de tudo, tão bom quanto o original.
Desde o lançamento de “X-Men” (2000), as produções tem mantido basicamente o mesmo grau de qualidade (ok,ok, esqueçam “Elektra”, “Mulher-Gato”, “Demolidor” e “Superman – O Retorno”), mas foi com a estréia de “Batman Begins” e “O Cavaleiro das Trevas” que o nível de exigência deste gênero subiu, tanto pela qualidade do roteiro quanto pela atuação do elenco.A partir dali, ficaria difícil assistir de forma imparcial aos novos lançamentos e apreciar de modo genuíno tais filmes.
Foi quando no meio destas duas obras surge “Homem de Ferro”, muito inteligente e bem humorado, com atores de calibre menor, mas nem por isso inferior aos apresentados no filme do Batman.
Capitaneado por Jon Favreau, sua arrecadação milionária garantiu seqüências e a liberação das demais produções que a Marvel – editora e agora também estúdio – tanto esperava para entrar de vez no mercado cinematográfico, além de ressuscitar a carreira de Robert Downey Jr, perfeito para o papel.
Desde o lançamento de “X-Men” (2000), as produções tem mantido basicamente o mesmo grau de qualidade (ok,ok, esqueçam “Elektra”, “Mulher-Gato”, “Demolidor” e “Superman – O Retorno”), mas foi com a estréia de “Batman Begins” e “O Cavaleiro das Trevas” que o nível de exigência deste gênero subiu, tanto pela qualidade do roteiro quanto pela atuação do elenco.A partir dali, ficaria difícil assistir de forma imparcial aos novos lançamentos e apreciar de modo genuíno tais filmes.
Foi quando no meio destas duas obras surge “Homem de Ferro”, muito inteligente e bem humorado, com atores de calibre menor, mas nem por isso inferior aos apresentados no filme do Batman.
Capitaneado por Jon Favreau, sua arrecadação milionária garantiu seqüências e a liberação das demais produções que a Marvel – editora e agora também estúdio – tanto esperava para entrar de vez no mercado cinematográfico, além de ressuscitar a carreira de Robert Downey Jr, perfeito para o papel.
Apesar de achar que o começo é mais difícil quando temos de criar uma franquia, o que fazer quando o filme é um sucesso? O que vem depois? Como fazer o raio cair novamente no mesmo lugar? O tabu de que “em time que está ganhando não se mexe” caiu por terra no quesito troca de atores. Não se tratando dos protagonistas, realizar qualquer alteração nas demais personagens não influencia a produção tanto quanto se pensa, como no caso da saída de Katie Holmes (substituída por Maggie Gyllenhaal) e Terence Howard (Don Cheadle) que, ao invés de perda, teve-se um ganho, que ocasionou um maior desenvolvimento das personagens, sendo desnecessárias explicações sobre mudança ao público (até porque seus substitutos agregaram mais aos personagens que os anteriores).
Além de criar mais cenas de ação, o roteiro precisa de um reforço, uma novidade, geralmente um novo vilão e uma nova figura feminina e, claro, se aprofundar na personalidade do herói da série.
A comparação entre esses dois títulos não foi ao acaso. Coincidência ou não, ambos são ricos, inteligentes e possuem problemas mal resolvidos com seus pais, mas suas diferenças vão além dos motivos que os incentivaram o combate ao crime: Batman sofre de problemas psicológicos bastante evidentes e bem explorados nos filmes, enquanto que o “vingador escarlate” é um pouco mais superficial, beirando ao fútil – ou demonstra ser...- evoluindo de um filme para o outro.
Entenda que o conceito que foi desenvolvido no gibi permanece intacto, mas para que o roteiro funcione na tela grande, foram necessárias algumas alterações que não deixaram a desejar a essência das várias histórias publicadas ao longo dos anos.
Neste segundo filme, o problema de saúde de Stark - derivado de um corpo estranho alojado no peito - o deixa cada dia mais próximo da morte, fazendo com que sejam lançadas pistas de que ele está com problemas; suas atitudes o entregam quando expressa desapego as coisas materiais, sua angústia pelo desperdício que foi sua vida até então e ao mesmo tempo como fugir de toda responsabilidade, toda a consciência recentemente descoberta. É um paralelo perfeito para o famoso arco “Demônio da Garrafa”, que de forma diferente, mostra a grandeza do herói e a superação sobre o vício do álcool desenvolvido pela perda de tudo em sua vida.
O que me preocupa é que no futuro “Homem de Ferro” seja taxado de prelúdio para o filme “Os Vingadores”, pois apesar de auto-suficiente, toda a trama está girando em torno da SHIELD criar/controlar um grupo de super-humanos; enquanto que no cinema isso é novidade (estabelecer um universo compartilhado, em que os heróis são contemporâneos), essa fórmula deu certo na linha Millenium da editora (reformulação dos personagens para gerações mais novas sem o excesso de bagagem existente devido a anos de cronologia), mas será que o sucesso se repetirá em outra mídia para outro tipo de público? Só o futuro dirá.
Além de criar mais cenas de ação, o roteiro precisa de um reforço, uma novidade, geralmente um novo vilão e uma nova figura feminina e, claro, se aprofundar na personalidade do herói da série.
A comparação entre esses dois títulos não foi ao acaso. Coincidência ou não, ambos são ricos, inteligentes e possuem problemas mal resolvidos com seus pais, mas suas diferenças vão além dos motivos que os incentivaram o combate ao crime: Batman sofre de problemas psicológicos bastante evidentes e bem explorados nos filmes, enquanto que o “vingador escarlate” é um pouco mais superficial, beirando ao fútil – ou demonstra ser...- evoluindo de um filme para o outro.
Entenda que o conceito que foi desenvolvido no gibi permanece intacto, mas para que o roteiro funcione na tela grande, foram necessárias algumas alterações que não deixaram a desejar a essência das várias histórias publicadas ao longo dos anos.
Neste segundo filme, o problema de saúde de Stark - derivado de um corpo estranho alojado no peito - o deixa cada dia mais próximo da morte, fazendo com que sejam lançadas pistas de que ele está com problemas; suas atitudes o entregam quando expressa desapego as coisas materiais, sua angústia pelo desperdício que foi sua vida até então e ao mesmo tempo como fugir de toda responsabilidade, toda a consciência recentemente descoberta. É um paralelo perfeito para o famoso arco “Demônio da Garrafa”, que de forma diferente, mostra a grandeza do herói e a superação sobre o vício do álcool desenvolvido pela perda de tudo em sua vida.
O que me preocupa é que no futuro “Homem de Ferro” seja taxado de prelúdio para o filme “Os Vingadores”, pois apesar de auto-suficiente, toda a trama está girando em torno da SHIELD criar/controlar um grupo de super-humanos; enquanto que no cinema isso é novidade (estabelecer um universo compartilhado, em que os heróis são contemporâneos), essa fórmula deu certo na linha Millenium da editora (reformulação dos personagens para gerações mais novas sem o excesso de bagagem existente devido a anos de cronologia), mas será que o sucesso se repetirá em outra mídia para outro tipo de público? Só o futuro dirá.
Para ler e assistir:
- Batman: Ano Um
- Homem de Ferro: Demônio na Garrafa
- Batman: Ano Um
- Homem de Ferro: Demônio na Garrafa
Ambos lançados pela Editora Panini.
- Batman Begins e O Cavaleiro das Trevas
- Homem de Ferro e Homem de Ferro 2
See Ya
- Homem de Ferro e Homem de Ferro 2
See Ya
Assisti ao Homem de Ferro 1 e 2,embora deva dizer que o primeiro me chamou muito mais a atenção.Nunca fui muito fã do desenho animado com ele,porque meu herói entre os vingadores sempre foi o Thor,sobrepujando inclusive o Capitão América(sempre achei muito blasé aquele escudo com a bandeira americana).Mas enfim,Homem de Ferro é uma boa produção,conseguiu inclusive ombrear Homem Aranha,e se não é um filme perfeito,ao menso prima pela excelencia da atuação dos atores,em especila Robert Downing Junior,que representa com perfeição um executivo frívolo e cínico mas no fundo um cara carente e desamparado.A sua contratação para atuar no filme foi uma sacadas genial,e a estória narrada em ambos os filmes é boa porque consegue agradar os frequentadores de cinema médios sem bagagem sobre o assunto sem esquecer dos fãs apaixonados dos heróis Marvel/DC.Por falar nisso,espero que o próximo filme,o do Thor esteja não apenas a altura,mas consiga fascinar aos fãs com sua estória ao mistura ação com Mitologia Nórdica.
ResponderExcluirAbraço,João.